Manteve até o fim sua atitude iconoclasta, transbordando sarcasmo, crítica social e, sobretudo, humor, muito humor. Ele dizia: “Sou um revolucionário!”.
Itamar questionava constantemente o conceito suspeito de sucesso que os meios de comunicação andam por aí difundindo em relação à arte efêmera que se consome em massa. “Quando a gente assina um contrato com a gravadora, perde a autonomia da obra e eu não vejo sentido em continuar com esse sistema” ou “Alguns dizem que fazem sucesso, mas eu pergunto: isso é sucesso? Que arte é essa? Meu público não entra nessa, sou fiel ao que acredito e ninguém me tira do meu caminho.”
Itamar Assumpção soube como ninguém temperar sua música com os mais variados gêneros da música negra, sem anular suas impressões digitais e ao mesmo tempo criando uma musicalidade nova, muito própria e regional.